terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Médicos cubanos no Haiti deixam o mundo envergonhado

Segue  transcrição de parte de uma matéria excelente. Espero que gostem!!!

Abraços,
Eve
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Médicos cubanos no Haiti deixam o mundo envergonhado
Eles são os verdadeiros heróis do desastre do terremoto no Haiti, a catástrofe humana na porta da América, a qual Barack Obama prometeu uma monumental missão humanitária dos EUA para aliviar. Esses heróis são da nação arqui-inimiga dos Estados Unidos, Cuba, cujos médicos e enfermeiros deixaram os esforços dos EUA envergonhados.
Uma brigada de 1.200 médicos cubanos está operando em todo o Haiti, rasgado por terremotos e infectado com cólera, como parte da missão médica internacional de Fidel Castro, que ganhou muitos amigos para o Estado socialista, mas pouco reconhecimento internacional.
Observadores do terremoto no Haiti poderiam ser perdoados por pensar operações de agências de ajuda internacional e por os deixarem sozinhos na luta contra a devastação que matou 250.000 pessoas e deixou cerca de 1,5 milhões de desabrigados. De fato, trabalhadores da saúde cubanos estão no Haiti desde 1998, quando um forte terremoto atingiu o país. E em meio a fanfarra e publicidade em torno da chegada de ajuda dos EUA e do Reino Unido, centenas de médicos, enfermeiros e terapeutas cubanos chegaram discretamente. A maioria dos países foi embora em dois meses, novamente deixando os cubanos e os Médicos Sem Fronteiras como os principais prestadores de cuidados para a ilha caribenha.
(continua em http://pragmatismopolitico.blogspot.com)

O jogo das conveniências: um roteiro mal escrito

E foi no apagar das luzes de 2010.
O texto de Beto e Romulo traduzem minha indignação. 
Leiam e pasmem.


Bjs Eve 


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O jogo das conveniências: um roteiro mal escrito

por José Roberto Severino e Rômulo Mafra


Nas últimas semanas temos assistido a um debate sobre a mudança na legislação ambiental para a implantação de uma Marina no Saco da Fazenda aqui em Itajaí. Porém, faltam alguns elementos neste debate, apesar das veementes críticas de alguns vereadores da oposição na Câmara (o conhecido Bope) – Níkolas Reis (PT), Maurílio Moraes (PDT) e Marcelo Werner (PC do B). Soa muito estranho a mudança de opinião da atual base governista no que tange às restrições ambientais vigentes. Vale lembrar que a mesma base, quando oposição, derrubou o Plano Diretor de Itajaí com argumento de que o plano era permissivo do ponto de vista ambiental. Claro que não podemos fazer acusações levianas, contudo, o bloco inteiro teve, no mínimo uma reunião com o grupo Tedesco, um ano atrás. Refrescando a memória, a Barra Sul foi praticamente privatizada, seus pescadores expulsos e toda orla cercada. Que experiência o grupo Tedesco pode oferecer na consolidação da democracia numa cidade como Itajaí? Uma cidade pesqueira, que não quer perder essa característica. Uma cidade voltada para o rio e para o mar. Um bom exemplo é Associação Náutica de Itajaí (ANI), que poderia e deveria ser mais ouvida para tomadas de decisões mais maduras, consistentes e comprometidas com a participação da comunidade.
O projeto tal qual se apresenta, parece interessar a grandes investidores com a anuência serviçal do legislativo da cidade. Não há debate crítico sobre os impactos ambientais, sociais e culturais de tal empreendimento. Parece um roteiro mal escrito, desses que só interessam ao lucro imediato. Evidentemente, precisamos pensar um espaço que contemple a cultura náutica, no seu sentido mais amplo. Mas não é entregando o que nós temos de melhor, sem o menor senso de responsabilidade, que faremos isso.
Assusta a maneira como grande parte da imprensa local tem tratado o assunto. Exemplo disso foi o comentário do âncora e a matéria do Jornal do Meio-Dia da Ric Record; trataram o tema como a simples aprovação da construção da Marina, quando o assunto em pauta na Câmara era sobre a legislação ambiental. Puro jogo de conveniência? Ou jogo de desinformação? Tratam o Saco da Fazenda pelo seu nome jurídico (Baía Afonso Wippel) há alguns meses, e não pelo nome culturalmente aceito e em uso na cidade. Por que será? Os vereadores da oposição (especialmente Níkolas Reis), que no caso levantam a bandeira do meio ambiente, são tratados como opositores ao progresso e ao desenvolvimento. A qualquer custo? Tanto que o comentário do âncora foi como se Níkolas estivesse cometendo um pecado venal contra Itajaí por querer o debate público. É de assustar a condução deste roteiro, que anuncia a devastação de uma área nobre para uma causa não tão nobre. E o roteiro só piora; na votação hoje, o único vereador da situação a “embasar” seu voto, foi Douglas Cristino (DEM). Segundo Douglas, ele “recebeu várias ligações nos dias anteriores favoráveis à Marina”. Alguns telefonemas e reuniões alteram a legislação ambiental de Itajaí, à revelia dos parâmetros do Conama, Ibama e outros órgãos ambientais. Um exemplo disso, é o famoso Bota-Fora 1, que está irregular e foi incluído no projeto como se nada tivesse acontecido. Quem é que está escrevendo este roteiro de novela mexicana?
A Câmara de Vereadores, servilmente, aprovou a MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DE ITAJAÍ. Onde estava o PV? Onde estavam os detratores do Plano Diretor de 2008? Sim, onde estavam, pois a partir desta mudança abrem-se precedentes inimagináveis para o meio ambiente em Itajaí. A história nos mostra antigas lutas em Itajaí pelo meio ambiente. Desde Lito Seára, passando por Associação do Meio Ambienta de Itajaí e mais recentemente pelos movimentos de proteção da Praia Brava e Praia do Morcego, que temos observado a força dos movimentos sociais e dos políticos bem intencionados pela causa. Mas, o que vemos agora macula a trajetória destas lutas. Uma pena. Mas há que se fazer alguma coisa.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Foi-se 2010.


Algumas realizações, algumas frustrações, mais realizações que frustrações. Amigos e família por perto. Projetos sendo construídos, sonhos se realizando. Aprendizado. Exercícios de paciência e tolerância. Umas lágrimas, muitos risos. Muita leitura, pouca academia. Carinhos dos gatos e da cachorra. Boa comida e bom sono. Preocupações, cansaço, desafios.
E foi-se 2010.
Que venha 2011. Uma nova história dentro da mesma história de sempre: a de viver.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma rede pela Memória


Muito além de boas ou más lembranças a memória ajuda a construir quem somos. É na memória que guardamos nossas referências, nossas escolhas, nossa identidade. É na memória que diferenciamos o que nos é caro e importante, o que nos identifica, o que nos diferencia das outras pessoas.
Por isso são tão importantes as políticas públicas voltadas à preservação da memória e do patrimônio, que há não mais que uma década atrás eram inexpressivas e, posso dizer, elitistas.
Muito recentemente o Brasil aderiu à tendência mundial de democratização das políticas públicas para a cultura e passou a investir na modernização e reestruturação da gestão cultural. Novos programas criados, nova legislação, discussões públicas, toda uma mobilização nacional que busca reverter um prejuízo de 500 anos de inércia e falta de investimentos no setor.
A população passa a interagir com um setor que antes era excludente, começa a se valorizar, valorizar seus saberes, suas escolhas, sua memória e identidade, seu patrimônio.
Eu vejo que hoje o Brasil tem uma imagem muito mais plural, muito mais diversa, devido a todas essas iniciativas e ações, que parte vem do governo, e parte da sociedade que entendeu e compartilhou desse esforço, dando vigor a esse movimento.
Na próxima semana estarei no Instituto Brasileiro de Museus, no Rio de Janeiro, em reuniões para avaliar e planejar ações de nível nacional para o setor da Memória e Patrimônio, encontro chamado Teia da Memória. Fui convidada devido à minha participação em uma rede nacional de instituições pessoas apaixonadas pela história e cultura do nosso povo, o Brasil Memória em Rede. Lá compartilharemos experiências, lutas e sonhos. Será um encontro muito produtivo, onde também será lançado o livro que conta a história dessa rede BMR, de nossas ações por aqui, do quilombo do Morro do Boi, do Instituto BoiMamão e tantos outros pelo Brasil.
Mesmo com minhas pequenas ações no setor, meus pequenos sonhos, projetinhos aqui e acolá, articulações aqui e ali, eu me empolgo muito, me sentindo parte de um movimento nacional que impulsiona e une pequenas ações de muita gente. No final vira tudo uma grande rede de coisas que acontecem continuamente pelo Brasil afora.
Aí me entristece muito ver que, em Itajaí, todo o esforço de valorização da memória e do patrimônio do povo, das pessoas que ajudaram a construir essa cidade, tem sido desprezado. Servidores desmotivados, ações perdidas, falta de proximidade com a população. A gestão pública da cultura e do patrimônio por aqui está perdida.
Resta-nos criar outras alternativas. Espero que em breve alguns dos meus sonhos se concretizem. E vamos que vamos!! Mãos à obra.